quarta-feira, 1 de junho de 2011

Transplante de células tronco para pacientes com Traumatismo Raquimedular

Olá pessoal!! Trago para vocês uma notícia quentinha e esperançosa para pessoas que sofreram traumatismo raquimedular. É o transplante de células tronco de células mesenquimais extraída da medula óssea do osso do quadril do paciente e implantado no local da lesão na medula espinhal. Esse tratamento foi testado em um dos hospitais na cidade de Salvador-Ba e deu resultado juntamente com a tarefa essencial da Fisioterapia!! É a saúde crescendo para tratar as ditas doenças incuráveis!! Vale a pena conferir toda a reportagem feita pelo BaTv.

 paraplegico volta a se movimentar apos tratamento na Bahia

E ai? Gostaram?
Fiquem por dentro de mais novidades aqui no blog!!
Bjus

terça-feira, 31 de maio de 2011

Vascularização Encefálica


O sistema nervoso é formado por estruturas nobres e altamente especializadas, que exigem para o seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxigênio. O consumo de oxigênio e glicose pelo encéfalo é muito elevado, o que requer um fluxo sangüíneo muito intenso. Quedas na concentração de glicose e oxigênio no sangue circulante ou, por outro lado, a suspensão do fluxo sangüíneo ao encéfalo não são toleradas por um período muito curto. A parada da circulação cerebral por mais de sete segundos leva o indivíduo a perda da consciência. Após cerca de cinco minutos começam aparecer lesões que são irreversíveis.

Vascularização Arterial do Encéfalo

Polígono de Willis:
O encéfalo é vascularizado através de dois sistemas: vértebro-basilar (artérias vertebrais) e carotídeo (artérias carótidas internas). Estas são artérias especializadas pela irrigação do encéfalo. Na base do crânio estas artérias formam um polígono anastomótico, o Polígono de Willis, de onde saem as principais artérias para vascularização cerebral.
As artérias vertebrais se anastomosam originando a artéria basilar, alojada na goteira basilar. Ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas originam, em cada lado, uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores.
Artéria Carótida Interna
Ramo de bifurcação da carótida comum, a carótida interna, após um trajeto mais ou menos longo pelo pescoço, penetra na cavidade craniana pelo canal carotídeo do osso temporal. A seguir, perfura a dura-máter e a aracnóide e, no início do sulco lateral, dividi-se em dois ramos terminais: as artérias cerebrais média e anterior. A artéria carótida interna, quando bloqueada pode levar a morte cerebral irreversível. Um entupimento da artéria carótida é uma ocorrência séria, e, infelizmente, comum. Clinicamente, as artérias carótidas internas e seus ramos são freqüentemente referidos como a circulação anterior do encéfalo.

Artéria Vertebral e Basilar (Sistema Vértebro-basilar)
As artérias vertebrais seguem em sentido superior, em direção ao encéfalo, a partir das artérias subclávias próximas à parte posterior do pescoço. Passam através dos forames transversos das primeiras seis vértebras cervicais, perfuram a membrana atlanto-occipital, a dura-máter e a aracnóide, penetrando no crânio pelo forame magno. Percorrem a seguir a face ventral do bulbo e, aproximadamente ao nível do sulco bulbo-pontino, fundem-se para constituir um tronco único, a artéria basilar. As artérias vertebrais originam ainda as artérias espinhais e cerebelares inferiores posteriores. A artéria basilar percorre o sulco basilar da ponte e termina anteriormente, bifurcando-se para formar as artérias cerebrais posteriores direita e esquerda. A artéria basilar dá origem, além das cerebrais posteriores, às seguintes artérias: cerebelar superior, cerebelar inferior anterior e artéria do labirinto, suprindo assim áreas do encéfalo ao redor do tronco encefálico e cerebelo. O sistema vértebro-basilar e seus ramos são freqüentemente referidos clinicamente como a circulação posterior do encéfalo.
Abaixo, temos um resumo esquematizado da vascularização encefálica:
Vascularização Venosa do Encéfalo
As veias do encéfalo, de um modo geral, não acompanham as artérias, sendo maiores e mais calibrosas do que elas. Drenam para os seios da dura-máter, de onde o sangue converge para as veias jugulares internas, que recebem praticamente todo o sangue venoso encefálico.
As veias jugulares externa e interna são as duas principais veias que drenam o sangue da cabeça e do pescoço. As veias jugulares externas são mais superficiais e drenam, para as veias subclávias, o sangue da região posterior do pescoço e da cabeça. As veias jugulares internas profundas drenam a porção anterior da cabeça, face e pescoço. Elas são responsáveis pela drenagem de maior parte do sangue dos vários seios venosos do crânio. As veias jugulares internas de cada lado do pescoço juntam-se com as veias subclávias para formar as veias braquiocefálicas, que transportam o sangue para a veia cava superior.
As veias do cérebro dispõem-se em dois sistemas: sistema venoso superficial e sistema venoso profundo. Embora anatomicamente distintos, os dois sistemas são unidos por numerosas anastomoses.
Sistema Venoso Superficial – Drenam o córtex e a substância branca subjacente. Formado por veias cerebrais superficiais (superiores e inferiores) que desembocam nos seios da dura-máter.
Sistema Venoso Profundo – Drenam o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, tais como: corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte do centro branco medular do cérebro. A veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o sangue do sistema venoso profundo do cérebro.
 Referências:
- Machado A, Neuroanatomia Funcional, 2ed. Ed.Atheneu, 2000.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Meninges e Líquor


Olá pessoal! Hoje iremos abordar o assunto sobre meninges e o líquor, que são estruturas que envolvem o SNC e de extrema importância para a defesa e proteção do nosso corpo.

O tecido do SNC é muito delicado. Por esse motivo, apresenta um elaborado sistema de proteção que consiste de quatro estruturas: crânio, meninges, líquido cerebrospinhal (líquor) e barreira hematoencefálica.

Meninges: o sistema nervoso é envolto por membranas conjuntivas denominadas meninges que são classificadas como três: dura-máter, aracnóide e pia-máter. A aracnóide e a pia-máter, que no embrião constituem um só folheto, são às vezes consideradas como uma só formação conhecida como a leptomeninge; e a dura-máter que é mais espessa é conhecida como paquimeninge.
Dura-máter: é a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. É formada por dois folhetos: um externo e um interno. O folheto externo adere intimamente aos ossos do crânio e se comporta como um periósteo destes ossos, mas sem capacidade osteogênica (nas fraturas cranianas dificulta a formação de um calo ósseo). Em virtude da aderência da dura-máter aos ossos do crânio, não existe, no crânio, um espaço epidural como na medula. No encéfalo, a principal artéria que irriga a dura-máter é a artéria meníngea média, ramo da artéria maxilar.
A dura-máter, ao contrário das outras meninges, é ricamente inervada. Como o encéfalo não possui terminações nervosas sensitivas, toda ou qualquer sensibilidade intracraniana se localiza na dura-máter, que é responsável pela maioria das dores de cabeça.
Pregas da dura-máter: em algumas áreas o folheto interno da dura-máter destaca-se do externo para formar pregas que dividem a cavidade craniana em compartimentos que se comunicam amplamente. As principais pregas são:
                Foice do cérebro: é um septo vertical mediano em forma de foice que ocupa a fissura longitudinal do cérebro, separando os dois hemisférios.
                Tenda do cerebelo: projeta-se para diante como um septo transversal entre os lobos occipitais e o cerebelo. A tenda do cerebelo separa a fossa posterior da fossa média do crânio, dividindo a cavidade craniana em um compartimento superior, ou supratentorial, e outro inferior, ou infratentorial. A borda anterior livre da tenda do cerebelo, denominada incisura da tenda, ajusta-se ao mesencéfalo.
                Foice do cerebelo: pequeno septo vertical mediano, situado abaixo da tenda do cerebelo entre os dois hemisférios cerebelares.
                Diafragma da sela: pequena lâmina horizontal que fecha superiormente a sela túrcica, deixando apenas um orifício de passagem para a haste hipofisiára.
Cavidades da dura-máter: em determinada área, os dois folhetos da dura-máter do encéfalo separam-se delimitando cavidades. Uma delas é o cavo trigeminal, que contém o gânglio trigeminal. Outras cavidades são revestidas de endotélio e contém sangue, constituído os seios da dura-máter, que se dispõem principalmente ao longo da inserção das pregas da dura-máter. Os seios da dura-máter foram estudados no sistema cardiovascular junto com o sistema venoso.

Aracnóide: é uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. A aracnóide separa-se da pia-máter pelo espaço subaracnóideo que contem líquor, havendo grande comunicação entre os espaços subaracnóideos do encéfalo e da medula. Considera-se também como pertencendo à aracnóide, as delicadas trabéculas que atravessam o espaço para ligar à pia-máter, e que são denominados de trabéculas aracnóides. Estas trabéculas lembram, um aspecto de teias de aranha donde vem o nome aracnóide.
Cisternas subaracnóideas: a aracnóide justapõe-se à dura-máter e ambas acompanham apenas grosseiramente o encéfalo e a sua superfície. A pia-máter adere intimamente a esta superfície que acompanha os giros, os sulcos e depressões. Deste modo, a distância entre as duas membranas, ou seja, a profundidade do espaço subaracnóideo é muito variável, sendo muito pequena nos giros e grande nas áreas onde parte do encéfalo se afasta da parede craniana. Forma-se assim nestas áreas, dilatações do espaço subaracnóideo, as cisternas subaracnóideas, que contém uma grande quantidade de líquor. As cisternas mais importantes são as seguintes:
Cisterna magna: ocupa o espaço entre a face inferior do cerebelo e a face dorsal do bulbo e do tecto do III ventrículo. Continua caudalmente com o espaço subaracnóideo da medula e liga-se ao IV ventrículo através da abertura mediana. A cisterna magna é a maior e mais importante, sendo às vezes utilizada para obtenção de líquor através de punções.
Cisterna pontina: situada ventralmente a ponte.
Cisterna interpeduncular: localizada na fossa interpeduncular.
Cisterna quiasmática: situada diante o quiasma óptico.
Cisterna superior: situada dorsalmente ao tecto mesencefálico, entre o cerebelo e o esplênio do corpo caloso. A cisterna superior corresponde, pelo menos em parte, à cisterna ambiens, termo usado pelos clínicos.
Cisterna da fossa lateral do cérebro: corresponde à depressão formada pelo sulco lateral de cada hemisfério.
Granulações aracnóides: em alguns pontos da aracnóide, formam-se pequenos tufos que penetram no interior dos seios da dura-máter, constituindo as granulações aracnóideas, mais abundantes no seio sagital superior. As granulações aracnóideas levam pequenos prolongamentos do espaço subaracnóideo, verdadeiros divertículos deste espaço, nos quais o líquor está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma delgada camada de aracnóide. São estruturas admiravelmente adaptadas à absorção do líquor, que neste ponto, vai para o sangue.
Pia-máter: é a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo e da medula, cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. Sua porção mais profunda recebe numerosos prolongamentos dos astrócitos do tecido nervoso, constituindo assim a membrana pio-glial. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos, pois o tecido nervoso é de consistência muito mole. A pia-máter acompanha os vasos que penetram no tecido nervoso a partir do espaço subaracnóideo, formando a parede externa dos espaços perivasculares. Neste espaço existem prolongamentos do espaço subaracnóideo, contendo líquor, que forma um manguito protetor em torno dos vasos, muito importante para amortecer o efeito da pulsação das artérias sobre o tecido circunvizinho. Verificou-se que os espaços perivasculares acompanham os vasos mais calibrosos até uma pequena distância e terminam por fusão da pia com a adventícia do vaso. As pequenas arteríolas são envolvidas até o nível capilar por pré-vasculares dos astrócitos do tecido nervoso.
Espaço entre as meninges:
O espaço extradural ou epidural normalmente não é um espaço real, mas apenas um espaço potencial entre os ossos do crânio e a camada periosteal externa da dura-máter. Torna-se um espaço real apenas patologicamente, por exemplo, no hematoma extradural.

Líquor: É um fluido aquoso e incolor que ocupa o espaço subaracnóideo e as cavidades ventriculares. A são função primordial é proteção mecânica do sistema nervoso central.
Formação, absorção e circulação do líquor: sabe-se hoje em dia que o líquor é produzido nos plexos corióides dos ventrículos e também que uma pequena porção é produzida a partir do epêndima das paredes ventriculares e dos vasos da leptomeninge. Existem plexos corióides nos ventrículos, como já vimos anteriormente, e os ventrículos laterais contribuem com maior contingente liquórico, que passa ao III ventrículo através dos forames interventriculares e daí para o IV ventrículo através do aqueduto cerebral.
Através das aberturas medianas e laterais do IV ventrículo, o líquor passa para o espaço subaracnóideo, sendo reabsorvido principalmente pelas granulações aracnóideas que se projetam para o interior da dura-máter. Como essas granulações predominam no eixo sagital superior, a circulação do líquor se faz de baixo para cima, devendo atravessar o espaço entre a incisura da tenda e o mesencéfalo. No espaço subaracnóideo da medula, o líquor desce em direção caudal, mas apenas uma parte volta, pois reabsorção liquórica ocorre nas pequenas granulações aracnóideas existentes nos prolongamentos da dura-máter que acompanham as raízes dos nervos espinhais.
A circulação do líquor é extremamente lenta e são ainda discutidos os fatores que a determinam. Sem dúvida, a produção do líquor em uma extremidade e a sua absorção em outra já são o suficiente para causar sua movimentação. Um outro fator é a pulsação das artérias intracranianas, que, cada sístole, aumenta a pressão liquórica, possivelmente contribuindo para empurrar o líquor através das granulações aracnóideas.
Esquema da circulação liquórica
 Espero que tenha contribuido para o crescimento de seus conhecimentos!! Bons estudos!!

sábado, 28 de maio de 2011

Cerebelo

Introdução
O cerebelo deriva da parte dorsal do metencéfalo e se localiza dorsalmente à ponte e ao bulbo contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo.
Está separado do cérebro pela tenda do cerebelo (prega da dura-máter) e tem ligação com medula e bulbo através do pedúnculo cerebelar inferior e comunica-se com a ponte e o mesencéfalo através do pedúnculo cerebelar médio e superior respectivamente.
As funções do cerebelo são o equilíbrio e a coordenação dos movimentos.
Alguns aspectos anatômicos
 Vérmis (no centro) e dois hemisférios cerebelares; na superfície existem sulcos transversais que delimitam lâminas finas denominadas de folhas do cerebelo, sendo que os mais pronunciados são chamados de fissuras do cerebelo que delimitam lóbulos; composta no centro por substância branca (corpo medular do cerebelo de onde irradiam as lâminas brancas - estas serão recobertas por substância cinzenta, córtex cerebelar); em core sagital as lâminas brancas formam a chamada árvore da vida; além disso, na substância branca existem quatro pares de núcleos de substância cinzenta que são os núcleos centrais do cerebelo - denteado, emboliforme, globoso e fastigial.
Lóbulos e fissuras
Vérmis - lóbulo central, cúlmen, declive, folium e túber
Visão dorsal: fissuras prima, pós-clival e horizontal.
Divisão ontogenética e filogenética do cerebelo
   • divisão ontogenética - lobo flóculo-nodular (fissura póstero-lateral), lobo anterior e posterior (fissura prima)
   • divisão filogenética - por esse aspecto é dividido em três partes:
            · arquicerebelo: surgimento com os vertebrados mais primitivos, com conexões vestibulares – cerebelo vestibular;
            · paleocerebelo - surgimento com os peixes, apresentando conexões principalmente com a medula espinhal – cerebelo espinhal;
            ·  neocerebelo - surgimento com os mamíferos, com conexões com o córtex cerebral - cerebelo cortical. Função: controle de movimentos finos.
Referências Bibliográficas
1. Machado, A; Neuroanatomia Funcional; 2ed, editora Atheneu, 2000.
2. Martin, JH; Neuroanatomia: Texto e atlas; 2ed, Porto Alegre; Ed. Artes Médicas, 1998.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Medula Espinhal

Introdução
A medula não ocupa totalmente o canal vertebral, tendo aproximadamente 45 cm no homem e um pouco menos na mulher. Delimitações:
   • cranial: bulbo (no nível do forame magno do osso occipital).
   • caudal - segunda vértebra lombar. Em sua terminação afina-se formando um cone, o cone medular que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.

Forma e estrutura geral da medula
A medula não tem diâmetro uniforme, apresentando duas dilatações: uma cervical e outra lombar, que recebem o nome de intumescência. Essas dilatações fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial (membros superiores) e lombossacral (membros inferiores).
As dilatações ocorrem devido à maior quantidade de neurônios e, portanto de fibras nervosas que participam dos plexos. Existem também sulcos longitudinais na superfície da medula, são eles: a. sulco mediano posterior; b. fissura mediana anterior; c. sulco lateral anterior; d. sulco lateral posterior. Somente na medula cervical existe o sulco intermédio posterior que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior.
As raízes dorsais e ventrais dos nervos espinhais fazem conexão com os sulcos laterais posteriores e anteriores respectivamente. Na medula a substância cinzenta fica por dentro e a branca por fora (apresentando forma de um H ou de uma borboleta).
Outros componentes da medula em corte transversal:
• cornos ou colunas - anterior, lateral e posterior (a lateral só aparece na medula torácica e parte da lombar);
• canal central da medula - resquício da luz do tubo neural do embrião;
• na substância branca - 3 funículos ou cordões - anterior, lateral, posterior (na medula cervical divide-se em fascículo grácil e cuneiforme através do sulco intermédio posterior).
Conexões com os nervos espinhais - segmentos medulares
Seqüência de formação:
Filamentos radiculares raízes dorsais e ventrais dos nervos espinhais nervos espinhais.
A união das raízes para a formação dos nervos ocorre em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.
Segmento medular de um nervo:
É a parte da medula na qual há a conexão dos filamentos radiculares que farão parte da composição do nervo. Existem 31 pares de nervos espinhais com 31 segmentos medulares correspondentes que se dividem da seguinte maneira: 8 cervicais ( o primeiro par passa por cima da primeira vértebra e o oitavo por baixo da sétima vértebra e depois todos os outros pares passam por baixo das vértebras), 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e geralmente 1 coccígeo.
Topografia vertebromedular
No adulto a medula não ocupa todo o canal vertebral, vai até a segunda vértebra lombar e a partir daí este canal só contém as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que formarão a cauda eqüina. Até o quarto mês de vida do embrião a medula e a coluna possuem o mesmo ritmo de crescimento, porém depois do quarto mês a coluna cresce mais rápido que a medula principalmente na região caudal. Assim, as raízes nervosas diminuem o ângulo (que antes era reto) em relação à medula, o que causa a formação da cauda eqüina.
Envoltórios da medula
A membrana é envolta por três membranas fibrosas:
a. dura-máter: mais externa, espessa e resistente, terminando em S2
b. aracnóide: localiza-se entre as outras duas meninges. Junto à dura é um folheto e junto à pia é um emaranhado de trabéculas.
c. pia-máter: mais interna e mais delicada, penetrando na fissura mediana anterior. Além disso, a pia-máter, depois do término da medula, se continua como filamento terminal. Tal filamento perfura o fundo do saco-dural (a partir daí, juntamente com prolongamentos laterais da dura-máter forma o filamento da dura-máter espinhal que na superfície dorsal do cóccix constitui o ligamento coccígeo) e vai até o hiato sacral.
O ligamento denticulado (ponto de fixação da medula e ponto de referência) é uma prega longitudinal da pia que está frontalmente à toda extensão da medula.
Existem 3 cavidades ou espaços na medula:
a. epidural ou extradural: localiza-se entre a dura-máter e o periósteo do canal medular
b. subdural: localiza-se entre a dura e a aracnóide. É uma cavidade muito estreita que por apresentar um líquido evita a aderência entre as respectivas meninges
c. subaracnóideo :é a cavidade mais importante e contém grande quantidade de líquor. Faz-se uma larga utilização desse espaço devido à diferença das terminações da medula - T2 e dura e da aracnóide - S2, que causam um aumento no espaço subaracnóideo o que resulta em uma maior quantidade de líquor, podendo desta maneira ser introduzida nesse local uma agulha para fins diversos.
Referências Bibliográficas
1. Machado, A; Neuroanatomia Funcional; 2ed, editora Atheneu, 2000.
2. Martin, JH; Neuroanatomia: Texto e atlas; 2ed, Porto Alegre; Ed. Artes Médicas, 1998.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Diencéfalo


Introdução
O diencéfalo juntamente com o telencéfalo formam o cérebro que corresponde ao prosencéfalo. O diencéfalo é composto por tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo - todas em relação ao III ventrículo.

III ventrículo
É a cavidade do diencéfalo que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares (ou de Monro).
O sulco hipotalâmico se localiza do aqueduto cerebral até o forame interventricular e acima dele fica o tálamo e abaixo fica o hipotálamo.
A aderência intertalâmica é uma trave de substância cinzenta que une os dois tálamos. De diante para trás temos: quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares que pertencem ao hipotálamo.
A parede posterior do III ventrículo é formada pelo epitálamo que fica acima do sulco hipotalâmico e deste saem estrias medulares aonde irá se inserir a tela corióide formadora do tecto do III ventrículo. A parede anterior é composta pela lâmina terminal que fica entre a comissura anterior e o quiasma óptico. Entretanto, a lâmina terminal, a comissura anterior e as paredes adjacentes são pertencentes ao telencéfalo.
A luz do III ventrículo forma quatro recessos: recesso do infundíbulo, recesso óptico, recesso pineal e recesso suprapineal.
Tálamo
São basicamente duas massas de substância cinzenta.
Na parte anterior está o tubérculo anterior do tálamo (delimitação do forame interventricular) e na parte posterior (maior) se encontra a pulvinar, que se projeta sobre os corpos geniculados lateral e medial. O corpo geniculado lateral faz parte da via óptica e o corpo geniculado medial faz parte da via auditiva. Essa seria uma divisão do tálamo denominada metatálamo.
A face lateral do tálamo se separa do telencéfalo através da cápsula interna (compacto feixe de fibras que liga o córtex cerebral aos centros nervosos subcorticais) e têm maior importância as seguintes estruturas: assoalho da fissura transversa do cérebro, porção lateral da face superior do tálamo e face medial do tálamo.
Hipotálamo
O hipotálamo está abaixo do tálamo e constitui o assoalho do III ventrículo. Suas  funções estão relacionadas principalmente com o controle da atividade visceral.
As estruturas pertencentes ao hipotálamo, formadoras das paredes laterais do III ventrículo e das formações do seu assoalho são as seguintes:
   • corpos mamilares: substância cinzenta localizada na parte anterior da fossa interpeduncular.
   • quiasma óptico: parte anterior do assoalho ventricular que recebe fibras mielínicas dos nervos ópticos.
   •  túber cinéreo: situa-se entre o quiasma óptico e os corpos mamilares, e é onde se prende a hipófise através do infundíbulo
   •  infundíbulo: se prende ao túber cinéreo, contendo um pequeno prolongamento da cavidade ventricular, o recesso do infundíbulo.
Epitálamo
O epitálamo limita-se posteriormente o III ventrículo. O seu principal componente é a glândula pineal, ou epífise, uma glândula endócrina, mediana e que repousa sobre o tecto do mesencéfalo e se prende através da comissura posterior e da comissura das habênulas, feixes transversais de fibras.
A comissura posterior é considerada como ponto de divisão entre o mesencéfalo e o diencéfalo em função de se posicionar no local em que o aqueduto cerebral se liga ao III ventrículo. É importante observar a ligação da comissura das habênulas com o trígono das habênulas e a continuação deste com as estrias medulares do tálamo.
A tela corióide se insere lateralmente nas estrias medulares do tálamo e posteriormente na comissura das habênulas, fechando assim o tecto do III ventrículo.
Subtálamo
É a transição entre o diencéfalo e o tegumento do mesencéfalo. Localiza-se abaixo do tálamo e é limitado lateralmente pela cápsula interna e medialmente pelo hipotálamo. O elemento mais evidente do subtálamo é o núcleo subtalâmico.

Referências Bibliográficas
1. Machado, A; Neuroanatomia Funcional; 2ed, editora Atheneu, 2000.
2. Martin, JH; Neuroanatomia: Texto e atlas; 2ed, Porto Alegre; Ed. Artes Médicas, 1998.