sexta-feira, 27 de maio de 2011

Medula Espinhal

Introdução
A medula não ocupa totalmente o canal vertebral, tendo aproximadamente 45 cm no homem e um pouco menos na mulher. Delimitações:
   • cranial: bulbo (no nível do forame magno do osso occipital).
   • caudal - segunda vértebra lombar. Em sua terminação afina-se formando um cone, o cone medular que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.

Forma e estrutura geral da medula
A medula não tem diâmetro uniforme, apresentando duas dilatações: uma cervical e outra lombar, que recebem o nome de intumescência. Essas dilatações fazem conexão com as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial (membros superiores) e lombossacral (membros inferiores).
As dilatações ocorrem devido à maior quantidade de neurônios e, portanto de fibras nervosas que participam dos plexos. Existem também sulcos longitudinais na superfície da medula, são eles: a. sulco mediano posterior; b. fissura mediana anterior; c. sulco lateral anterior; d. sulco lateral posterior. Somente na medula cervical existe o sulco intermédio posterior que se continua em um septo intermédio posterior no interior do funículo posterior.
As raízes dorsais e ventrais dos nervos espinhais fazem conexão com os sulcos laterais posteriores e anteriores respectivamente. Na medula a substância cinzenta fica por dentro e a branca por fora (apresentando forma de um H ou de uma borboleta).
Outros componentes da medula em corte transversal:
• cornos ou colunas - anterior, lateral e posterior (a lateral só aparece na medula torácica e parte da lombar);
• canal central da medula - resquício da luz do tubo neural do embrião;
• na substância branca - 3 funículos ou cordões - anterior, lateral, posterior (na medula cervical divide-se em fascículo grácil e cuneiforme através do sulco intermédio posterior).
Conexões com os nervos espinhais - segmentos medulares
Seqüência de formação:
Filamentos radiculares raízes dorsais e ventrais dos nervos espinhais nervos espinhais.
A união das raízes para a formação dos nervos ocorre em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal.
Segmento medular de um nervo:
É a parte da medula na qual há a conexão dos filamentos radiculares que farão parte da composição do nervo. Existem 31 pares de nervos espinhais com 31 segmentos medulares correspondentes que se dividem da seguinte maneira: 8 cervicais ( o primeiro par passa por cima da primeira vértebra e o oitavo por baixo da sétima vértebra e depois todos os outros pares passam por baixo das vértebras), 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e geralmente 1 coccígeo.
Topografia vertebromedular
No adulto a medula não ocupa todo o canal vertebral, vai até a segunda vértebra lombar e a partir daí este canal só contém as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que formarão a cauda eqüina. Até o quarto mês de vida do embrião a medula e a coluna possuem o mesmo ritmo de crescimento, porém depois do quarto mês a coluna cresce mais rápido que a medula principalmente na região caudal. Assim, as raízes nervosas diminuem o ângulo (que antes era reto) em relação à medula, o que causa a formação da cauda eqüina.
Envoltórios da medula
A membrana é envolta por três membranas fibrosas:
a. dura-máter: mais externa, espessa e resistente, terminando em S2
b. aracnóide: localiza-se entre as outras duas meninges. Junto à dura é um folheto e junto à pia é um emaranhado de trabéculas.
c. pia-máter: mais interna e mais delicada, penetrando na fissura mediana anterior. Além disso, a pia-máter, depois do término da medula, se continua como filamento terminal. Tal filamento perfura o fundo do saco-dural (a partir daí, juntamente com prolongamentos laterais da dura-máter forma o filamento da dura-máter espinhal que na superfície dorsal do cóccix constitui o ligamento coccígeo) e vai até o hiato sacral.
O ligamento denticulado (ponto de fixação da medula e ponto de referência) é uma prega longitudinal da pia que está frontalmente à toda extensão da medula.
Existem 3 cavidades ou espaços na medula:
a. epidural ou extradural: localiza-se entre a dura-máter e o periósteo do canal medular
b. subdural: localiza-se entre a dura e a aracnóide. É uma cavidade muito estreita que por apresentar um líquido evita a aderência entre as respectivas meninges
c. subaracnóideo :é a cavidade mais importante e contém grande quantidade de líquor. Faz-se uma larga utilização desse espaço devido à diferença das terminações da medula - T2 e dura e da aracnóide - S2, que causam um aumento no espaço subaracnóideo o que resulta em uma maior quantidade de líquor, podendo desta maneira ser introduzida nesse local uma agulha para fins diversos.
Referências Bibliográficas
1. Machado, A; Neuroanatomia Funcional; 2ed, editora Atheneu, 2000.
2. Martin, JH; Neuroanatomia: Texto e atlas; 2ed, Porto Alegre; Ed. Artes Médicas, 1998.

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